Viva o Saci!

31 de outubro é dia de celebrar o Saci Pererê. A data valoriza o folclore brasileiro na figura do personagem que aparecia com suas brincadeiras sempre à noite, cujo nome tem origem na língua Tupi-Guarani.

A comemoração do Dia do Saci foi instituída no calendário oficial brasileiro em 2013, graças aos projetos dos ex-deputados Aldo Rebelo, Chico Alencar e Ângela Guadagnin, cujo objetivo é celebrar e valorizar a cultura nacional e marcar um contraponto às celebrações do Halloween.

O Saci é o mito mais conhecido do Brasil. De acordo com Mouzar Benedito, sócio-fundador da Socidade dos Observadores do Saci (Sosaci), ele surgiu na Mata Atlântica, no Sul do Brasil, na fronteira com Argentina e Paraguai e junta no mesmo personagem o índio, o negro e o europeu, os três povos que formaram o brasileiro.

Mouzar explica que o Saci era um índio na origem, mas os colonizadores começaram a falar que ele era um ‘demoniozinho’, que ele cheirava a enxofre, tinha chifre e praticava o mal. Isso para amedrontar as pessoas, dizer que ele era um demônio e não um Deus menor da cultura guarani. Depois, por volta de 1800, em plena escravidão, o transformaram em negro para criar mais preconceito contra ele. Mas as negras e os negros escravizados gostaram porque se livravam de culpa graças à fama arteira do Saci.

No futebol, o Saci está presente como mascote do Internacional de Porto Alegre e foi imortalizado na literatura brasileira na obra do escritor Monteiro Lobato e nos desenhos do cartunista Ziraldo.

Mouzar acentua que ele é negro e sofre preconceito por ser perneta e que também é pobre, pois não usa roupa. Então, ele é, sim, o retrato do Brasil e essa data merece destaque na nossa cultura.

Viva o Saci! 

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