Via Fepesp
Noticiário da área econômica, hoje, dá conta de que a Estácio, gigante na educação superior privada no país, registrou um crescimento de 52% no seu lucro líquido em 2018. Lucro líquido, depois de descontados impostos, despesas, salários, tudo.
O dinheiro em caixa no ano passado somou R$645 milhões, resultado de uma receita de R$3,6 bilhões no ano.
Reportagem do jornal Valor Econômico desta sexta-feira, 15/03, dá os detalhes:
A Estácio apurou um lucro líquido de R$ 645 milhões em 2018, alta de 52% em relação a 2017. A receita líquida nos 12 meses somou R$ 3,6 bilhões, um crescimento de 7% na comparação anual. No quarto trimestre, o lucro líquido da empresa carioca foi de R$ 16,3 milhões, revertendo prejuízo de R$ 12,8 milhões registrado no mesmo período de 2017.
A receita líquida avançou 3,4%, para R$ 867 milhões, e os custos dos serviços prestados caíram 7% para R$ 456,2 milhões nos últimos três meses de 2018. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) saltou 95%, para R$ 88,6 milhões. A margem do respectivo indicador subiu 3,4 pontos percentuais para 10,2%.
Como a Estácio conseguiu isso? A pista está em outra matéria na mesma edição do jornal Valor desta quinta, mostrando que a Estácio economiza e fatura tirando alunos de sala de aula e turbinando a sua oferta de cursos on-line. Veja o que diz o jornal:
Após ver sua base de alunos de ensino a distância crescer 19% e a de cursos presenciais cair quase 9% em 2018, a Estácio vai concentrar a sua expansão, principalmente, na graduação on-line. Nos primeiros meses deste ano, o volume de matrículas de calouros aumentou mais de 10% e o valor das mensalidades dos cursos a distância está com uma variação positiva entre 5% e 10%, quando comparado ao mesmo período de 2018.
Para navegar a Estácio nesse mar de dinheiro, a instituição deu um upgrade na sua administração senior, trazendo para a sua presidência em dezembro o executivo Eduardo Parente – que, até então, pouco mais de um mês antes da tragédia de Brumadinho, a represa de rejeitos de mineração rompida em janeiro em Minas Gerais, era o presidente da Cia. Vale do Rio Doce. Parente planeja crescer comprando escolas, como informa a repórter Beth Koike no Valor:
As aquisições continuam no radar da companhia e devem ser um dos motores de expansão. Segundo fontes do setor, o grupo carioca está em negociações para a compra da Universidade Positivo, do Paraná, por cerca de R$ 500 milhões, e recentemente teria, inclusive, melhorado a proposta em mais R$ 50 milhões para ficar com o ativo, considerado um dos melhores disponíveis no mercado.
Quer saber mais? Na sua linha de publicações, a Federação editou o livro que mostra em detalhes como funciona o mercado do ensino superior privado no Brasil: O Negócio da Educação reúne artigos de peso que deixam claro o funcionamento desse mercado altamente lucrativo.