Com informações da BBC Brasil
A Reforma da Previdência para servidores federais civis e trabalhadores da iniciativa privada deve ser aprovada nesta semana no Congresso Nacional, o que fará grande parte dos brasileiros se aposentar, em média, mais tarde e com benefícios menores do que atualmente.
A expectativa é que a proposta, mais um duro golpe contra a classe trabalhadora, receba o aval final do Senado na terça-feira. As centrais sindicais e os movimentos sociais ainda não informaram o que pretendem fazer nesta reta final de tramitação para expressar o incoformismo da classe trabalhadora brasileira.
Privilegiados
Em contraste, a reforma para os integrantes das Forças Armadas – enviada ao Parlamento em março pelo governo de Jair Bolsonaro, atrelada a uma reestruturação da carreira que aumenta a remuneração e reduz a quase nada as perdas desta privilegiada corporação – segue em discussão em uma comissão especial na Câmara, composta, em boa parte, por deputados egressos de carreiras militares.
Críticos da proposta dizem que ela não reduz privilégios dos militares (que são muitos) e reclamam do aumento de salários em um momento de corte de gastos. A justificativa das Forças Armadas é que a categoria não recebe reajuste há anos, tendo ficado muito atrás dos ganhos de outras carreiras federais, como juízes, procuradores e auditores fiscais.
Se a proposta for aprovada, a remuneração bruta de um general do Exército, topo da carreira, poderá subir 37%, de R$ 24.786,96 para R$ 33.947,24, a depender dos adicionais que conseguir incorporar, por exemplo, como recompensa por cursos de qualificação.