Nota do Dieese: Preços de alimentos e combustíveis sobem

Segundo a pesquisa do Índice do Custo de Vida, realizada pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), a inflação no município de São Paulo foi de 0,58% entre setembro e outubro. Nos 10 meses de 2018, a taxa acumulada ficou em 3,77% e, entre novembro de 2017 e outubro de 2018, em 4,21%.

Para todos os estratos de renda as taxas foram positivas. Para o estrato 1, que engloba as famílias de menor renda, foi de 0,44%; para o estrato 2, de 0,57%; e, para o 3, de 0,61%. Em 2018, a variação foi de 3,60% para as famílias pertencentes ao estrato 1; de 3,65% para as do estrato 2; e, de 3,85% para as do 3. De novembro de 2017 a outubro de 2018, foram verificadas as seguintes taxas acumuladas: 1º estrato, 3,66%; 2º estrato, 3,97%; e, 3º estrato, 4,49%.

As variações dos 10 grupos do ICV foram: Transporte (1,71%), Alimentação (0,90%), Despesas Pessoais (0,59%), Equipamento Doméstico (0,58%), Despesas Diversas (0,50%), Vestuário (0,31%), Habitação (0,08%), Recreação (0,05%), Saúde (0,00%) e
Educação e Leitura (-0,02%).

Os grupos Transporte (1,71%), Alimentação (0,90%), Despesas Pessoais (0,59%) e Habitação (0,08%) somaram 0,57 ponto percentual (p.p.) na taxa geral.

A alta do grupo Transporte foi de 1,71%. O subgrupo transporte individual registrou taxa de 2,50%; devido aos reajustes nos preços médios dos combustíveis (3,76%): diesel (2,15%), gasolina (2,79%) e álcool (6,87%). O subgrupo transporte coletivo variou -0,04%.

As taxas verificadas nos subgrupos da Alimentação (0,90%) foram: 1,67% para os produtos in natura e semielaborados; 0,33% para a alimentação fora do domicílio; e, 0,31% para a indústria da alimentação.

A desagregação dos itens que compõem o subgrupo produtos in natura e semielaborados (1,67%) revelou o seguinte comportamento: 

  • Legumes (10,05%) – foram verificados aumentos no tomate (21,99%) e no pimentão (17,15%); berinjela (-1,34%), abobrinha (-4,49%) e chuchu (-6,69%) tiveram recuo de valores.
  • Frutas (4,56%) – A maioria das frutas registrou elevação de preço, sendo que as maiores altas foram registradas no valor médio do limão (23,42%), maracujá (15,05%), pera (6,81%) e laranja (6,72%).
  • Raízes e tubérculos (2,83%) – Os reajustes nas cotações da batata (11,07%), mandioquinha (8,96%), mandioca (2,52%) e alho (0,29%) superaram as diminuições de valor da cenoura (-3,83%), beterraba (-3,94%) e cebola (-7,29%).
  • Aves e ovos (2,62%) – O preço médio das aves subiu 3,58% e o dos ovos, caiu -1,63%.
  • Carnes (0,74%) – O corte bovino e o suíno registraram alta nos preços, de 0,71% e 1,42%, respectivamente.
  • Hortaliças (0,29%) – Os maiores aumentos foram constatados no preço do agrião (2,91%) e da couve-flor (2,05%); as quedas mais significativas, no do repolho (-4,85%) e da couve (-2,37%).
  • Leite – in natura (-0,20%), enquanto no leite tipo B foi observada queda de -0,97%; os tipos A (0,50%) e C (0,22%) apresentaram aumento.
  • Grãos (-0,84%) – Os valores médios dos grãos recuaram -0,48% para o arroz; -0,86% para os outros grãos; e, -2,13% para o feijão.

Os dois itens da alimentação fora do domicílio (0,33%) tiveram aumento de valor: para as refeições principais, de 0,32%, e para os lanches matinais e vespertinos, de 0,35%.

A taxa do subgrupo indústria da alimentação foi de 0,31%; com destaque para as variações registradas no queijo minas (5,75%), vinho (5,70%), enlatados e empacotados (2,69%), sucos (2,48%), derivados de leite (1,81%), óleo de cozinha (1,76%), açúcar (1,72%), condimentos (1,51%), chocolate (-1,78%), café em pó (-2,07%) e leite longa vida (-3,98%).

O grupo Despesas Pessoais registrou aumento de 0,59% : 0,24% para os itens do subgrupo higiene e beleza e 0,87% para os do subgrupo fumo e acessórios.

Os subgrupos do grupo Habitação (0,08%) apresentaram as seguintes taxas: 0,23% para locação, impostos e condomínio; 0,20% para conservação do domicílio; e, -0,02% para operação do domicílio; os itens com destaque foram: condomínio (0,68%), produtos para conservação do domicílio (0,48%) e gás de botijão (-2,58%).

Confira aqui íntegra da nota e a apresentação dos dados em gráficos:
 

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