Por Mariana Moura
A estrutura do racismo no Brasil se perpetua também nos muros das escolas vitimando alunos, professores e trabalhadores auxiliares da educação. A escola, instituição social responsável pela organização, transmissão e socialização do conhecimento e da cultura, não pode mais ignorar o que acontece em seu espaço; seu papel nesse processo deveria ser o de promover conhecimento da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.
Em caminho oposto, uma proprietária e diretora de uma escola na capital alagoana, interrompeu a aula de uma professora negra e na testemunha dos alunos disse que lhe “daria uma chicoteada”.
Em nota, a OAB manifestou apoio à professora Taynara Cristina, afirmando que “é inaceitável que atos discriminatórios e racistas continuem sendo praticados. Preconceito e segregação não podem mais ser tolerados”.
O coordenador-geral da Contee, Gilson Reis, manifestando sua solidariedade, lembrou que a entidade defende uma educação contrária ao racismo, ao sexismo e ao homofobismo, e afirmou que “é fundamental a defesa e a prática de um ensino que reafirme o combate a todo tipo de preconceito e discriminação com a relação à cor da pele, ao gênero e à orientação sexual, fortalecendo os direitos constitucionais”.
A professora Taynara Cristina denunciou Suely Dias pelo crime e tem recebido solidariedade de alunos e colegas, bem como do seu sindicato que emitiu nota de solidariedade à professora.
Também o Sintep, por sua responsabilidade social, não poderia calar-se diante dessa gravidade e se solidariza com a vítima ao tempo que repudia toda forma de discriminação.