Via Bancários da Bahia
Os ataques aos direitos dos trabalhadores só se intensificam, principalmente das mulheres. O artigo 201 da Constituição Federal, que organiza o sistema previdenciário, garante proteção à maternidade, em especial às gestantes. Porém, a reforma da Previdência, proposta pelo governo Bolsonaro, deixa as empregadas desprotegidas.
Existe ainda previsão de cortes de direitos na Medida Provisória 871. Segundo o governo, a iniciativa foi criada para combater fraudes nos benefícios previdenciários. Mas, pela MP, houve redução no prazo para pedir o salário-maternidade. Passou de até 5 anos (60 meses) para seis meses após o nascimento da criança.
É uma maldade com as famílias brasileiras. As mulheres já têm dificuldades para se aposentar e sofrem com salários menores. Dados da FGV (Fundação Getúlio Vargas) mostram ainda que quando voltam da licença-maternidade até 48% das trabalhadoras perdem o emprego em até um ano. Juntas, tanto a MP 871 quanto a PEC 6/2019 reforçam as desigualdades de gênero no mercado de trabalho.