Realizado nos dias 24 e 25 de novembro, o I Seminário de Formação Sindical aconteceu em Maceió unificando pela primeira vez em Alagoas, as Centrais Sindicais e o MPT em torno de uma única bandeira de luta: a defesa dos direitos já conquistados pela classe trabalhadora do país.
A mesa de abertura, ocorrida na noite da sexta-feira, 24, pela primeira vez em Alagoas, foi composta por todas as Cenrais Sindicais que atuam no estado. Também compuseram a mesa, representando o Sindicato dos Bancários, anfitrião do evento, Thiago Miranda, Rafael Gazaneu, representando o MPT, Eduardo Correia, representando a AATAL (Associação dos Advogados Trabalhistas de Alagoas), Carlos Hidalgo, representando a OAB e o promotor Cássio Araújo, organizador do Seminário.
Em sua fala, Sinval Costa, presidente da CTB em Alagoas saudou a todos lembrando do centenário da Revolução Russa, que “com três palavras, uniu o povo russo em torno de uma bandeira para derrotar o feudalismo: pão, terra e paz”. O dirigente destacou que “o povo russo realizou mudanças no mundo através do desenvolvimento russo”. Lembrou também que “vivemos um cenário de golpe do capital versus trabalho” e que a tarefa das Centrais Sindicais é “despertar a consciência sindical dos trabalhadores”.
Durante todo o sábado 25, os debates foram extensos. Pela manhã ocorreu o painel sobre a Reforma Trabalhista. À mesa estiveram Humberto Barbosa pelo Dieese, Cássio Araújo pelo MPT e Sérgio Leite pela Força Sindical, que apresentaram os graves dados para a classe trabalhadora a partir da aprovação da reforma e a importante necessidade da unidade para enfrentar o momento de tensão vivido no país.
A segunda parte foi retomada às 14h com o painel "Planejamento Sindical", com participação à mesa de Izac Jackson, pela CUT, Antonio Neto, pela CSP-Conlutas e Alba Correia pela CTB. Em sua fala, a única mulher da mesa, saudou a atitude do MPT na pessoa do Dr. CássioAraújo por "começar a organizar um processo de luta".
Alba Correia levantou a preocupação com a pauta multiculturalista, afirmando ser "alimentada pelo capital para dificultar a luta capital versus trabalho". Segundo a professora, é preciso entender que o que está em pautra não é apenas a reforma trabalhista: "É preciso entender que o que está por trás disso tem natureza econômica, política, institucional e sociocultural".
"Não estamos fora da realidade mundial. É necessário entender a intensificação da opressão do capital no mundo do trabalho", ressaltou a dirigente, afirmando que "o papel do sindicato é ser a vanguarda da categoria".
Presente no Seminário, Dilson Tenório,presidente do Sintep-AL ratificou a importância do evento, prestando o poder de mobilização do Sindicato para a realização dos póximos.
Ao final de dois dias de Seminário, as entidades envolvidas concluíram a necessidade de mais Seminários para conscientizar a classe trabalhadora, quem em muitos momentos, repetem o discurso do patrão, e avaliaram o I Semiário de Formação Sindical MPT-Centrais indicais como vitorioso.