Circula pela mídia a insinuação de que algumas lideranças sindicais estariam negociando apoio à reforma da Previdência proposta pelo governo Bolsonaro em troca do cancelamento da Medida Provisória baixada recentemente com o propósito de estrangular financeiramente os sindicatos (a MP 873, que proíbe qualquer tipo de desconto de contribuição em folha).
A CTB considera que tais atitudes não correspondem à orientação do Fórum das Centrais Sindicais, que reúne 10 centrais sindicais e acaba de convocar uma greve geral para 14 de junho em defesa das aposentadorias públicas, do emprego, dos direitos e contra as mudanças preconizadas por Jair Bolsonaro e Paulo Guedes.
Negociações à margem do referido fórum comprometem a unidade e enfraquecem o movimento sindical, facilitando a imposição de novos retrocessos e agravando a crise de representatividade das entidades da classe trabalhadora, que desde o golpe de Estado de 2016 sofrem um feroz ataque do governo e das forças conservadoras e reacionárias.
A conjuntura nos impõe o caminho da luta e é nossa obrigação empenhar toda energia na conscientização das bases e mobilização para a greve geral, que terá seu primeiro grande ensaio no próximo dia 15 com a paralisação nacional da Educação.
São Paulo, 7 de maio de 2019
Adilson Araújo, presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)