Após um mês de vigência da reforma trabalhista, o Brasil fechou 12.292 vagas com carteira assinada aprofundando ainda mais a crise em todo o país. As infformações são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) e foram divulgados nesta quarta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho.
Para o presidente da CTB, Adilson Araújo, "os dados de novembro confirmam que a perversa reforma trabalhista não gerará postos de trabalho, antes disso, ampliará a precarização. O que se alega é que o saldo negativo em novembro foi decorrente das demissões no setor da indústria, o que só piora o quadro e diminui nossas chances de retomada do crescimento".
Reforma Trabalhista não gerará emprego
Um dos grandes argumentos da gestão Temer para ganhar o debate da Reforma Trabalhista era que ela geraria mais empregos. A experiência de países na Europa mostra que isso não é verdade. "Na Espanha, por exemplo, a reforma teve como consequência um dos mais altos índices de desemprego (26%), além da elevação para 34% de empregos temporários", externou Adilson.
E emendou "uma reforma como essa não apresenta saídas para o quadro alarmante de desemprego que vive o Brasil hoje. No qual milhões de brasileiros e brasileiras estão condenados ao desemprego ou a condições de subemprego".
Cresce a precarização
Os dados do Caged ainda apontaram que a modalidade "trabalho intermitente" (no qual o empregado não tem horário fixo e recebe apenas pelas horas trabalhadas) avançou. Foram criadas 3.067.
Na modalidade de trabalho parcial, foram criados 231 postos. Os números da categoria do teletrabalho, em que o empregado não precisa trabalhar na empresa, não foram divulgados.
Por Joanne Mota, via Portal CTB