Sofremos os reflexos de 4 anos de um governo de destruição, continuação do governo golpista que assumiu o País em 31 de agosto de 2016 e iniciou o desmonte do Brasil e dos direitos garantidos na nossa Constituição cidadã.
Antes desse período, era comum as categorias de trabalhadores conseguir a reposição da inflação e conquistar ganho real nas convenções e acordos coletivos.
Com os trabalhadores da educação privada não era diferente. No entanto, nesse período tenebroso e recente, vimos os sindicatos, atacados em sua existência e sua organização com a reforma trabalhista (Lei 13.467/2017) de 26 de abril de 2017, lutarem em campanhas salariais cada vez mais desgastantes, que no máximo conseguiam a reposição da inflação e, invariavelmente, de forma parcelada.
Os pisos dos professores e técnicos administrativos das escolas privadas não foram reajustados nos últimos anos na mesma medida das mensalidades escolares, que mesmo em 2020, ano do início da pandemia, sofreram reajustes. Os patrões das instituições de ensino privado de hoje são, em sua maioria, grupos de megainvestidores transnacionais. No ensino superior, já vemos esse fato em quase sua totalidade e, na educação básica, eles já representam quase a metade dos estabelecimentos de ensino.
Nesse sentido, a Contee, juntamente com seus sindicatos e federações de base, evidencia o tema da valorização dos trabalhadores em educação privada nas campanhas salariais, para que possamos, junto à sociedade demonstrar que a educação privada — que é uma concessão do poder público, por ser a educação um direito constitucional de todos os cidadãos e um dever do Estado — deve se submeter às mesmas normas da educação pública, com garantia de qualidade.
Por isso, neste ano de 2023, a campanha salarial da Contee e de suas filiadas traz, de forma mais contundente, a valorização dos trabalhadores e trabalhadoras em educação privada. O tema do piso nacional, que é fundamental para alavancar a valorização da educação pública, deve ser, também, base da luta por direitos dos trabalhadores e trabalhadoras das escolas privadas, para que assim sejamos efetivamente reconhecidos, respeitados e valorizados em nossas atividades, sejamos professores ou técnicos administrativos.
Fortaleça a luta do seu sindicato de trabalhadores da educação, por valorização profissional e conquista de salários dignos com os materiais da campanha “QUEM EDUCA CUIDA – valorize os/as trabalhadores/as da educação privada”.
Saudações e força na luta!
Lutar é existir
ELSON SIMÕES PAIVA
Coordenador da Secretaria de Organização Sindical, Relações de Trabalho, Relações Institucionais e Juventude
GILSON LUIZ REIS
Coordenador-geral