Via Contee | Foto de Sérgio Lima (AFP)
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee) parabeniza o Supremo Tribunal Federal (STF) pela defesa da democracia brasileira e por cumprir o seu papel de guardião da Constituição Cidadã, neste 11 de setembro de 2025, um dia histórico para o país. Com os votos de Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, a Primeira Turma formou maioria para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete réus pela trama golpista de 8 de janeiro de 2023.
A decisão do STF recupera o respeito pelo Estado Democrático de Direito, no ano em que comemoramos 40 anos da redemocratização, marco da luta do povo brasileiro por liberdade, direitos civis e participação democrática. Para a Contee, essa coincidência reforça o simbolismo do julgamento e reafirma que os preceitos democráticos devem ser respeitados e preservados incondicionalmente.
O voto da ministra Cármen Lúcia, com quase 400 páginas, é emblemático para a categoria da educação — formada majoritariamente por mulheres — e representa todas as vozes femininas historicamente silenciadas pelo fenômeno estrutural da desigualdade de gênero.
Ao conceder um aparte ao ministro Flávio Dino, a ministra afirmou:
“concedo, desde que rápido, porque nós mulheres ficamos dois mil anos caladas. Queremos falar.”
Em seguida, ao tratar do processo, destacou: “o que há de inédito, talvez, nesta ação penal, é que nela pulsa o Brasil que me dói. A presente ação é quase um encontro do Brasil com o seu passado, com o seu presente e com o seu futuro.”
Para a Contee, essas palavras sintetizam ainda com mais força o acontecimento democrático. A democracia vence com o voto de uma mulher — e isso retumba com altivez.
A Contee reafirma seu compromisso com a defesa da democracia, da verdade e da justiça social, e repudia qualquer tentativa de anistia ou impunidade para aqueles que atentam contra a Carta Magna. Ditadura nunca mais. Democracia sempre. Reforçamos essa posição, reverenciando o brado de Ulisses Guimarães ao promulgar a Constituição Cidadã: “traidor da Constituição é traidor da Pátria.”
Brasília, 11 de setembro de 2025