Aprovada após o golpe de estado de 2016 contra a ex-presidente Dilma Rousseff, a reforma de Michel Temer não gerou empregos, precarizou o trabalho e empobreceu os brasileiros.
Uma pesquisa feita pela Genial/Quaest mostra que 58% defendem a sua revisão, mesmo que parcialmente. E o MPT também está disposto a participar desse debate.
Para o procurador-geral do Trabalho, José de Lima Ramos Pereira, a discussão é necessária porque a reforma “não entregou o que prometeu” e que o momento é de debater o assunto com “maturidade e seriedade” deixando “a política de lado”.
O procurador analisa que não houve aumeto de postos de trabalho, que a flexibilização com a terceirização ampla não melhorou em nada a vida do trabalhador, que não diminuiu a informalidade e que não houve qualquer melhoria na condição de trabalho. “Essa reforma de tantos pontos precisa ser revista”, afirma.
De acordo com o procurador-geral do Trabalho, a ideia é “ver os pontos que não deram certo e tentar fazer um ajuste dessa reforma”. Para isso a proposta é reunir governo, trabalhadores, empregadores e a sociedade civil para o debate e que o “MPT se dispõe a ser um ator ativo e social nesse debate”.
Para Pereira, essa é uma questão que deve ser analisada independentemente de quem vença as eleições presidenciais de 2022.
*Texto de Mariana Moura, com informações de agências.