Negociação foi intermediada pelo MPT
No início das negociações da Convenção Coletiva de Trabalho, a começos de 2021, acordou-se a renovação das cláusulas sociais, no entanto, com a justificativa das escolas em relação à elevação da inadimplência em razão da pandemia, o Sintep, compreendendo as dificuldades do momento, acordou que a cláusula do reajuste salarial seria negociada em novembro de 2021.
O Sintep sempre defendeu um reajuste que atenda os anseios da categoria, no entanto, a proposta pelo patronal estava abaixo da inflação sem retroatividade nos meses de março a dezembro de 2021, só reajustando em 4,5% em janeiro de 2022, razão que levou o Sintep a solicitar intermediação do Ministério Público do Trabalho, no intuito de avançar com nas negociações.
“Antes de participar da mediação, nos reunimos com o Sindicato patronal no dia 04 de abril para tentar chegar a um acordo, na ocasião, argumentamos a necessidade de reajustar os salários pela inflação do período tendo em vista a situação que todos estamos passando, perdendo o poder de compra a cada dia. Em resposta no dia 07 de abril o Sindicato das escolas nos comunicou que não avançou”, explica Dilson Tenório, presidente do Sintep.
Intermédio do MPT e reajuste salarial
Na audiência da última segunda-feira, 25 de abril, com o procurador Rafael Gazzaneu, estiveram presentes representando o Sintep, o advogado Antonio Ferreira Alexandre, o diretor jurídico Cleonilton Martins e o presidente Dilson Tenório. Ao fim o sindicato conquistou um acordo para o reajuste de 4,5% no salário de fevereiro de 2021, com retroatividade dos meses de setembro a fevereiro de 2022, a serem pagos em três parcelas (maio, junho e julho de 2022).
“O Sintep tem feito todos os esforços para garantir o melhor possível para sua classe e continuará buscando melhores condições de trabalho e salários dignos, sem nenhum direito a menos, pois esse será sempre nosso compromisso com os trabalhadores do Ensino Privado”. Dilson Tenório.