O sucesso do programa de renegociação de dívidas Desenrola irá fazer com que siga até 2024. O governo federal pretende prorrogar o prazo que se encerra em 31 de dezembro por mais três meses para permitir que mais pessoas possam aderir ao programa.
De acordo com o secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Barbosa Pinto, uma medida provisória será enviada ao Congresso nacional para estender o prazo.
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Além disso, o requisito de ter uma conta prata ou ouro do Gov.br para ter acesso às renegociações poderá ser colocado de lado. O governo avalia a situação junto aos bancos e a B3 com a ideia de ampliar o número de pessoas com acesso, mas sem descuidar da segurança das operações.
“A gente não acha que esse [grau prata ou ouro] seja o maior empecilho para as negociações acontecerem num ritmo ótimo, mas a gente acredita que é um ponto que pode causar algum entrave para algumas pessoas. Queremos abrir mão desse requisito e trabalhar com os bancos uma solução de segurança”, disse Barbosa.
As informações foram passadas para a imprensa durante a divulgação dos primeiros resultados do programa, chamado de Censo do Desenrola.
Desde quando o programa foi instaurado, em julho, foram renegociados R$ 29 bilhões em dívidas, com 10,7 milhões de devedores beneficiados.
O maior volume de renegociações cobriu dívidas financeiras (cartão de crédito), sendo que foi possível atribuir que em 96% das cidades brasileiras algum cidadão aderiu ao Desenrola.
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O programa, que abrange dívidas negativadas entre 1º de janeiro de 2019 e 31 de dezembro de 2022, chega a oferecer até 98% de desconto, neste caso, para pessoas que recebem até dois salários mínimos ou estejam no CadÚnico (Cadastro Único).
Pelas regras do programa, o parcelamento pode ser feito em até 60 meses, com juros de até 1,99% ao mês, sendo que os juros médios cobrados chegaram a 1,8% ao mês.
*Com informações Agência Brasil e Planalto